Desde 2023, o projeto tem como objetivo revitalizar filmes, produções de TV e outros documentos, além de ampliar e modernizar as instalações.
Conheça o projeto que promoveu a conservação, catalogação e digitalização de filmes em nitrato da coleção mais antiga do cinema brasileiro.
O projeto
O projeto Viva Cinemateca pretende ampliar e modernizar a Cinemateca Brasileira, fazendo com que ela ocupe definitivamente o seu relevante lugar na história do cinema brasileiro. Está prevista a ampliação dos espaços de laboratórios da instituição, garantindo que mais filmes e documentos possam ser preservados. Assegura-se, dessa maneira, a sobrevivência de mais de 120 anos de história do cinema e do Brasil.
Outra importante frente do projeto contempla o restauro das edificações históricas, melhorando as instalações disponíveis para o público. Desde 1997, a Cinemateca Brasileira está instalada em seu prédio atual: uma valiosa edificação em tijolos aparentes, remanescente da arquitetura industrial de São Paulo do século 19.
Campanha de Lançamento
Campanha de mídia, de abrangência nacional, que apresentou esse novo momento da instituição e os objetivos do projeto Viva Cinemateca.
Festival Cultura e Sustentabilidade
Um encontro para discutir a agenda ESG com os parceiros, trouxe contribuições de outros setores para instituições e projetos culturais.
Mostra Itinerante a Cinemateca é Brasileira
Para estreitar os laços com cinematecas, instituições culturais e parceiros de outros estados, a Mostra itinerante esteve em 19 cidade do país, apresentando um pouco do acervo e levando ações educativas e formadoras.
Quem somos
A Cinemateca Brasileira possui o maior acervo audiovisual da América do Sul e está entre as maiores instituições do gênero no mundo. Sua coleção tem cerca de 40 mil títulos e mais de 1 milhão de documentos – entre cartazes, roteiros e livros – relativos à produção cinematográfica.
Sua principal função é preservar a memória da produção audiovisual brasileira. Há 75 anos, a Cinemateca armazena e restaura os filmes produzidos no país. Seu laboratório de restauro conta com equipamentos de alta tecnologia e é internacionalmente reconhecido como um exemplo para as cinematecas da América Latina.
Desde 2009 o Banco de Conteúdo Culturais (BCC) oferece acesso a importantes conjuntos de obras audiovisuais, que podem ser contextualizadas e compreendidas à luz de outros conteúdos da Cinemateca Brasileira, também disponíveis no site, como fotos, cartazes e documentos textuais.
Origem da Cinemateca: Quando Paulo Emílio Sales Gomes, Décio de Almeida Prado, Antonio Candido de Mello e Souza, entre outros, fundam o Primeiro Clube de Cinema de São Paulo, que se propõe a estudar o cinema como arte independente por meio de projeções, conferências, debates e publicações.
A geração da revista Clima: Paulo Emílio Sales Gomes, Décio de Almeida Prado, Antonio Candido de Mello e Souza, Lourival Gomes Machado, entre outros, fundam o Primeiro Clube de Cinema de São Paulo, que se propõe a estudar o cinema como arte independente por meio de projeções, conferências, debates e publicações.
O Primeiro Clube é fechado pelos órgãos de repressão do Estado Novo.
O Segundo Clube de Cinema de São Paulo, criado por Francisco Luiz de Almeida Salles, Rubem Biáfora, Múcio Porphyrio Ferreira, Benedito Junqueira Duarte, João de Araújo Nabuco, Lourival Gomes Machado e Tito Batini, buscando estimular o estudo, a defesa, a divulgação e o desenvolvimento da arte cinematográfica no Brasil.
Acordo entre o MAM/SP e o Clube cria a Filmoteca do Museu de Arte Moderna de São Paulo.
Paulo Emílio é nomeado vice-presidente da FIAF – Federação Internacional de Arquivos de Filmes. A Filmoteca, que continua a receber empréstimos de filmes dos arquivos membros da Federação e a prospectar filmes brasileiros antigos, fortalece sua atuação no campo cultural brasileiro, sobretudo por meio da realização de grandes mostras em parceria com as demais instituições culturais de São Paulo. Almeida Sales é o primeiro diretor da entidade, ao lado de Lourival Gomes Machado, na época diretor do MAM. Na foto, Paulo Emílio com Henri Langlois.
Paulo Emílio assume a direção da Filmoteca, como conservador-chefe, contando com a ajuda de Rudá de Andrade e Caio Scheiby, como conservadores adjuntos. Na foto, Rudá de Andrade, Gustavo Dahl, Luís Antônio e Caio Scheiby.
A Filmoteca se desliga do Museu de Arte Moderna e transforma-se em Cinemateca Brasileira, sociedade sem fins lucrativos.
Em 28 de janeiro, um incêndio causado pela autocombustão dos filmes em suporte de nitrato de celulose destrói as instalações da Cinemateca, na rua Sete de Abril.
A Cinemateca torna-se uma fundação, personalidade jurídica de direito privado que lhe permite estabelecer convênios com o poder público. Entre seus fundadores estão Sérgio Buarque de Holanda, Antonio Candido, Rodrigo Melo Franco de Andrade, Vinicius de Moraes, Walter da Silveira, Almeida Sales, B. J. Duarte, etc.
O primeiro Conselho Consultivo da Fundação Cinemateca Brasileira foi composto por: Ademar Gonzaga, Afrânio Zuccolotto, Álvaro Bittencourt, Antonio Augusto Moniz Viana, Antonio Candido, Arnaldo Pedroso d’Horta, B. J. Duarte, Cláudio Abramo, Décio de Almeida Prado, Flávio Tambellini, Francisco Luís de Almeida Sales, Francisco Matarazzo Sobrinho (Ciccilo Matarazzo), Geraldo Ferraz, Guilherme de Almeida, Humberto Didonet, Humberto Mauro, Jacques do Prado Brandão, João de Araújo Nabuco, Joaquim Canuto Mendes de Almeida, Júlio de Mesquita Filho, Lourival Gomes Machado, Luís Lopes Coelho, Mário Pedrosa, Mário Schenberg, Múcio Porfirio Ferreira, Otávio de Faria, Paulo Fontoura Gastal, Plínio Sussekind Rocha, Rubem Biáfora, Sérgio Buarque de Holanda, Sérgio Milliet, Vinicius de Moraes e Walter da Silveira.
Dante Ancona Lopes e Florentino Llorente criam a SAC – Sociedade Amigos da Cinemateca, sociedade civil cuja finalidade é auxiliar financeiramente a Fundação Cinemateca Brasileira. Sua primeira sede foi no Cine Coral, à rua Sete de Abril.
A Cinemateca dedica-se à formação de dirigentes de cineclubes. Na IV Jornada Nacional de Cineclubes, realizada em Porto Alegre, a Cinemateca foi representada por Paulo Emílio e Ilka Brunhilde Laurito e Maurice Capovilla.
Em 18 de fevereiro, ocorre o segundo incêndio, na instalação do portão 9 do Parque Ibirapuera com perda de inúmeros rolos de filmes em suporte de nitrato de celulose. A tragédia agrava a situação da instituição, que até meados dos anos 1970 sobreviverá com escassos recursos, provenientes de doações e taxas de exibição.
Marca o ressurgimento legal da Cinemateca, com a formação de um Conselho Consultivo e a obtenção de recursos junto às esferas do poder público.
A Fundação Cinemateca Brasileira tem o reconhecimento de seu caráter de utilidade pública pelo município de São Paulo.
Tem início o processo de constituição do Laboratório de Restauro de Filmes. Equipamentos desativados foram adquiridos junto a laboratórios comerciais e a Cinemateca passa a se dedicar à contratipagem e copiagem de filmes em branco e preto. Paralelamente, a catalogação do acervo passa a seguir as normas da FIAF – Federação Internacional de Arquivos de Filmes. O retorno da Cinemateca Brasileira à FIAF se deu em 1979
Em duas casas cedidas pela Prefeitura de São Paulo no Parque Público da Conceição, no bairro do Jabaquara, a Cinemateca instalou sua sede administrativa, a Biblioteca, a Documentação, a Difusão e o seu primeiro depósito climatizado.
Em 6 de novembro, ocorria o terceiro incêndio dos filmes de nitrato de celulose, no Parque Ibirapuera, o que agrava as condições materiais da instituição, levando o Governo Federal a estudar meios para protegê-la.
Em 14 de fevereiro, a Fundação Cinemateca Brasileira é extinta e incorporada, como órgão autônomo, à Fundação Nacional Pró-Memória. Na assinatura, Lygia Fagundes Telles, Presidente do Conselho, recebe Esther de Figueiredo Ferraz, ministra da Educação e Cultura e Marco Antônio Villaça, secretário de Cultura do MEC.
O município de São Paulo, na gestão de Jânio Quadros, cede à instituição o espaço do antigo matadouro da cidade, na Vila Clementino.
Em 10 de março, é inaugurada a Sala Cinemateca na rua Fradique Coutinho, n. 361, Pinheiros. Na abertura, foi exibida a versão restaurada de “A paixão de Joana D’Arc”, de Carl Theodor Dreyer; mesma obra projetada à época da inauguração da Filmoteca do Museu de Arte Moderna de São Paulo (embrião da Cinemateca Brasileira). A Sala Cinemateca encerrou suas atividades em 1997 e passou a funcionar na sede da Cinemateca na Vila Clementino.
No âmbito das reformas administrativas do governo Collor, a Fundação Nacional Pró-Memória é extinta, dando lugar ao Instituto Brasileiro do Patrimônio Cultural – IBPC que, por sua vez, absorve a Cinemateca Brasileira. Em 1994, através da Medida Provisória nº 752, de 06 de dezembro, o IBPC é transformado em Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional – IPHAN.
Após nove anos de reformas, a sede da Cinemateca Brasileira é definitivamente instalada na Vila Clementino. Os edifícios históricos foram tombados pelo Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico do Estado de São Paulo – Condephaat, e pelo Conselho Municipal de Preservação do Patrimônio Histórico, Cultural e Ambiental da Cidade de São Paulo – Conpresp.
Por meio do Decreto nº 4.805, a Secretaria do Audiovisual do Ministério da Cultura incorpora a Cinemateca Brasileira.
A Cinemateca Brasileira dá um grande impulso nas suas atividades de preservação e difusão de acervos, bem como na infraestrutura, graças a recursos investidos pelo então Ministério da Cultura, em parceria com a Sociedade Amigos da Cinemateca (SAC). Na foto, o Arquivo Climatizado de Matrizes.
Tem início um duradouro processo de esvaziamento e enfraquecimento da Cinemateca. É publicado um novo regimento que reduz drasticamente suas funções e sua importância na estrutura ministerial e nas políticas públicas de preservação audiovisual. A instituição mergulha em uma profunda crise, decorrente da intervenção administrativa realizada pela Secretaria do Audiovisual com a anuência do Ministério da Cultura. A parceria com a Sociedade Amigos da Cinemateca é suspensa.
Entre 2014 e 2018, as atividades finalísticas são executadas com muita dificuldade pelo reduzido quadro de funcionários, constituído por servidores públicos e técnicos prestadores de serviços, remunerados com recursos de contratos firmados entre o MinC e Organizações Sociais, como a Rede Nacional de Ensino e Pesquisa (RNP) e a Associação de Comunicação Educativa Roquette Pinto (ACERP).
Em 03 de fevereiro, ocorre o quarto incêndio, resultando na perda de 1.003 rolos de filmes em nitrato de celulose, referentes a 731 títulos. O fracasso administrativo e a tragédia do incêndio levam o Ministério da Cultura a retomar as discussões sobre o modelo de gestão para a Cinemateca Brasileira.
Em maio de 2016, é publicado o Edital 02/2016 para seleção de entidade sem fins lucrativos da sociedade civil, a ser qualificada como Organização Social e firmar contrato de gestão com o Ministério da Cultura para administrar a Cinemateca Brasileira.
A Secretaria do Audiovisual assina contrato com a Associação de Comunicação Educativa Roquette Pinto – ACERP, organização social qualificada pelo Ministério da Educação, para o funcionamento mínimo das operações técnicas da Cinemateca. O logo criado por Alexandre Wollner em 1954 é substituído.
O Contrato com a ACERP, iniciado em 2018, não é renovado pelo Ministério da Educação e um impasse administrativo sobre a gestão da Cinemateca se arrasta por meses. No mesmo ano, em fevereiro, uma enchente destrói parte do acervo fílmico e documental armazenado na unidade Vila Leopoldina. Em agosto, a União retoma a gestão da Cinemateca, mas as atividades técnicas ficam paralisadas por quase dois anos, em razão do desligamento integral das equipes
Em 29 de julho de 2021, irrompe um incêndio na unidade Vila Leopoldina – o quinto na história da Cinemateca. O sinistro, ocorrido durante manutenção do sistema de climatização, destrói os depósitos climatizados que abrigavam os fundos documentais provenientes dos órgãos extintos do audiovisual – Embrafilme, Concine, Instituto Nacional do Cinema, Secretaria para o Desenvolvimento do Audiovisual e Secretaria de Cultura, além de coleções de obras estrangeiras e filmes de alunos da ECA/USP.
Ainda em julho, a Secretaria Especial de Cultura do Ministério do Turismo lançou um Edital de Chamamento Público para nova publicização da gestão da Cinemateca Brasileira. A SAC foi anunciada vencedora da concorrência pública em outubro do mesmo ano, obtendo pontuação máxima nos critérios da seleção. No mês seguinte, a entidade iniciou a execução de um Projeto Emergencial na Cinemateca Brasileira, cujas atividades finalísticas estavam paralisadas há 16 meses. Por meio do Decreto nº 10.914, de 27 de dezembro de 2021, a SAC foi qualificada como Organização Social para a execução de atividades de guarda, preservação, documentação e difusão de acervo audiovisual da produção nacional.
A Sociedade Amigos da Cinemateca passa a administrar integralmente a Cinemateca Brasileira, por meio de Contrato de Gestão, com vigência de 5 anos, firmado com a Secretaria Especial de Cultura do Ministério do Turismo, em 29 de dezembro de 2021. Os antigos colaboradores retornam à instituição.
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Ao apoiar o Projeto Viva Cinemateca, a sua marca também participa da programação desta retomada, que promoverá a circulatção do acervo por todo o Brasil, debates sobre sustentabilidade em produções culturais, mostras nacionais e internacionais de cinema, oficinas e ações educativas. Projeto aprovado na Lei Rouanet, que permite às empresas e pessoas físicas destinarem parte do imposto de renda a realizar esta iniciativa. Art. 18 da Lei Federal de Incentivo à Cultura (100% de Isenção)